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Um olhar sobre nós na voz dos nossos parceiros - a Casa da Música, pela voz de Paulo Rodrigues.

Fora de Série

"... para os recém-formados, o INESC Porto permite o fortalecimento dos conhecimentos técnicos e profissionais, num ambiente de cooperação e onde é possível realizar “experiência” sem se apontar “dedos”. Carlos Pinho

A Vós a Razão

"Muito me motiva a oportunidade de poder contribuir para a operacionalização de uma empresa brasileira, preliminarmente denominada por INESC P&D Brasil, que terá a mesma filosofia de agregação de valores científicos e tecnológicos". Alexandre Rocco

Asneira Livre

"Gostaria que fossem promovidas com alguma regularidade iniciativas tão diversas como uma aula de iniciação de surf, um workshop de comida saudável, um curso de prova de vinhos ou até no limite um torneio de curling". Pedro Souto

Galeria do Insólito

Quem sabe se nos voltamos agora para a ciência dos dentes, próteses e implantes? E há vários tipos de implantes...

Ecografia

BIP tira Raio X a colaboradores do INESC Porto...

Jobs 4 the Boys & Girls

Referência a anúncios publicados pelo INESC Porto, oferecendo bolsas, contratos de trabalho e outras oportunidades do mesmo género...

Biptoon

Mais cenas de como bamos indo porreiros...

 

Fora de Série

Este espaço destina-se a prestar homenagem a um colaborador que mensalmente se distinga com especial relevo na sua actividade. A escolha final é da responsabilidade da Redacção do BIP mas a colaboração das Coordenações de todas as Unidades é preciosa pois as sugestões e motivações são fundamentalmente da sua responsabilidade...

CARLOS PINHO

1. O primeiro “Fora de Série” da UTM! Ficou surpreendido com esta nomeação?

Sim, confesso que fiquei bastante surpreendido porque existem muitas pessoas dedicadas na UTM, e de forma mais abrangente no INESC Porto.

2. Está connosco desde 2003, como surgiu a oportunidade de trabalhar cá?

O primeiro contacto com a UTM aconteceu durante o meu projecto de fim de curso. A possibilidade de trabalhar nesta Unidade surgiu após a conclusão do referido projecto, com a necessidade de uma pessoa para preencher uma vaga para participar no projecto Europeu Ambient Networks.

Fora Série1

3. Gosta de trabalhar na UTM? Como descreveria o ambiente de trabalho nesta Unidade?

Sim, gosto de trabalhar na UTM. De facto, se não fosse o ambiente que se vive na Unidade muito provavelmente já não estaria aqui. O ambiente cá pode ser descrito como informal, divertido, profissional e cooperativo. Passo a explicar melhor. Informal na medida em que não há formalidades desde o modo de vestir à forma de interpelar e questionar as pessoas sobre o que quer que seja (isto estende-se aos coordenadores da Unidade). Divertido pelas graças/piadas que surgem pelas mais diversas circunstâncias e onde todos riem (incluindo os visados) e pelos jantares de convívio frequentemente promovidos na Unidade e que acabam por servir como diversão e fortalecimento de laços. Profissional porque é exigido a todos na Unidade que desempenhem a sua função o melhor possível e com elevado profissionalismo. De facto o trabalho que é realizado na UTM é sujeito a várias revisões e confrontações até ficar validada a sua qualidade (penso que esta será uma característica comum a todo o INESC Porto). Finalmente “cooperativo” porque as pessoas estão sempre abertas para ajudar as outras, quer seja para partilharem o seu conhecimento ou para simples opiniões. 

Fora Série 2

4. Considera que os jovens saídos da FEUP beneficiam em passar pelo INESC Porto em vez de ingressarem logo no mercado de trabalho? Porquê?

Apesar de não ter experiência pessoal na “indústria” por assim dizer, aquilo que eu conheço do mundo empresarial diz-me que “sim sem dúvida”. Há um conjunto de lições e conhecimentos que só se adquirem aqui. Claro que dito desta forma é demasiado genérico, por isso passo a concretizar num ponto – formação pós licenciatura/mestrado (com a chegada de Bolonha). Quando termina o curso, o recém-formado não tem ainda maduras as suas competências “técnicas” ou “profissionais”, isto porque não teve ainda tempo nem espaço para as desenvolver. Para além disso, a sua formação em determinadas áreas (mesmo em áreas do curso) é, em muitos aspectos, ainda superficial ou imatura. Por outro lado, o ambiente no interior de uma empresa é tipicamente muito mais competitivo que o ambiente de faculdade e que o do INESC Porto e nem sempre se pode confiar no “parceiro”. Isto, para além de levantar um conjunto de questões de valores pessoais, coloca limitações na facilidade de amadurecimento de conhecimentos uma vez que a pessoa não tem a quem recorrer para “tirar dúvidas” ou debater ideias. Para além disso, os prazos para se realizarem as tarefas também conduzem rapidamente as pessoas para uma certa rotina onde muitas vezes se passam os dias a fazer “mais do mesmo” e sem possibilidade para se realizarem “experiências de coisas novas” que pudessem enriquecer o conhecimento individual e da empresa. Na minha opinião, para os recém-formados, o INESC Porto posiciona-se exactamente nesta interface, permitindo o fortalecimento dos conhecimentos técnicos e profissionais, num ambiente de cooperação e onde é possível realizar “experiência” sem se apontar “dedos”. 

Fora Série 3

5. Que factores o motivam a continuar a trabalhar no INESC Porto e a não procurar outras oportunidades?

O que me motiva a continuar a trabalhar no INESC Porto são exactamente os motivos que apresentei em cima relativos ao ambiente da UTM e aos benefícios de trabalhar no INESC Porto como interface com a indústria.

6. Foi eleito investigador “Fora de Série” de Junho devido à sua dedicação a projectos em colaboração com a Unidade de Sistemas de Energia (USE) e a outros da UTM. Considera que o INESC Porto está a trabalhar mais em rede do que quando iniciou o seu trabalho cá?

Atrevo-me a dizer que sim ainda que no meu início de actividade no INESC Porto não tivesse esse tipo de preocupações e daí não lhes dar a devida atenção. Como disse, atrevo-me a dizer que sim pelo recente esforço de colaboração entre as várias Unidades em diversos projectos, o esforço de colaboração entre o INESC Porto, a FEUP e a Indústria (não só em projectos mas também na criação de empresas) e as possíveis participações em Projectos Europeus. Penso que um INESC Porto capaz de, de uma forma equilibrada, manter estas várias interacções e relações torna-se-á numa espécie de “pivot” de conhecimento e de transferência tecnológica.

 Fora Série 4

7. Qual foi o maior desafio com que se deparou durante o seu percurso profissional?

É difícil responder a esta questão... mas um dos maiores desafios que me deparei até hoje durante o percurso profissional foi a realização do mestrado enquanto bolseiro do projecto Europeu Ambient Networks. O desafio consistiu em (pelo menos) manter o nível de qualidade do trabalho que vinha a ser desenvolvido no projecto e ao mesmo tempo destacar-me pela positiva no mestrado num período onde o número de horas de dedicação a ambos sofre alterações constantes e o cansaço aumenta de forma significativa. Este desafio obrigou-me a desenvolver um ritmo de trabalho bastante intenso durante um longo período.

8. O que é que mais o orgulha no seu percurso profissional?

De uma forma geral eu sinto-me satisfeito com o meu percurso profissional. Uma das maiores satisfações profissionais que tive foi ultrapassar o desafio que referi anteriormente.

 Fora Série 5

9. Quem é/foi a sua referência profissional no INESC Porto?

Eu organizo as minhas referências por áreas (e.g., resolução de conflitos, liderança, motivação, conhecimentos técnicos, etc.). De qualquer forma a minha principal referência no INESC Porto é o Prof. Ruela pela qualidade, rigor e capacidade de “despacho” de trabalho em áreas que vão desde a “engenharia” (e.g., dos projectos) à “gestão” (e.g., da UTM), entre outras características.    

10. Terminaremos este questionário, pedido que comente a seguinte citação de José Ruela, coordenador da sua Unidade, e que o nomeou para esta distinção.

“Ao longo dos últimos cinco anos, o Carlos Pinho desenvolveu actividade de I&D em vários projectos e contratos da UTM, com dedicação, rigor e sentido de responsabilidade, tendo produzido contribuições inovadoras e de grande qualidade. Recentemente tem desempenhado um papel relevante em projectos em colaboração com a USE, na área das redes eléctricas inteligentes, e na elaboração de propostas submetidas ao programa QREN, de que se destaca o projecto MOBILES (já aprovado), ou em fase de preparação”.

Não é fácil comentar um elogio... por isso se me permitem eu faria o meu comentário em tom de brincadeira: “Deve ser verdade, porque de outro modo não teria sido proferido... Esperemos que o sujeito seja como o vinho do Porto”.