Offside
Corporate

Um olhar sobre nós na voz dos nossos parceiros - Testemunho da ANJE, pela voz de Suzana Alípio.

Fora de Série

"Encontrei na USE um grupo de pessoas que (...) mostram ter um grande valor humano e que, por isso, tornam o trabalho e convivência diários um pouco mais fácil", André Madureira.

A Vós a Razão

"(...) nós, como instituição, poderíamos e deveríamos também pensar mais em equipa! Para que no fim não sejamos apenas uma federação de unidades e grupos, e para que possamos no futuro partilhar muitas fatias de bolo…", Lino Oliveira (USIG)

Asneira Livre

"(...) caso o BIP me queira convidar novamente para escrever “Asneiras Livres”, posso escrever sobre um viveiro de peixes que habita no INESC TEC. Sim, porque quando cheira a peixe, a culpa não é minha (apesar de morar no meio dele)!", Leonel Dias (USIG)

Galeria do Insólito

Que é feito do bigode? Estará ou não em vias em vias de extinção? Há esperança para o bigode? Quais as tendências da moda?

Ecografia

BIP tira Raio X a colaboradores do INESC TEC...

Novos Doutorados

Venha conhecer os novos doutorados do INESC TEC...

Cadê Você?

O INESC TEC lança todos os meses no mercado pessoas altamente qualificadas...

Jobs 4 the Boys & Girls

Referência a anúncios publicados pelo INESC TEC, oferecendo bolsas, contratos de trabalho e outras oportunidades do mesmo género...

Biptoon

Mais cenas de como bamos indo porreiros...

Subscrever o BIP
 

O que falta às empresas nascidas nas universidades?

ESTUDO DO INESC TEC IDENTIFICA PRINCIPAIS ENTRAVES AO SUCESSO DE SPIN-OFFS ACADÉMICOS

Um projeto europeu, que envolveu o INESC TEC e agora terminou, debruçou-se sobre diversos casos de empresas nascidas nas universidades e politécnicos em Portugal, Holanda, Polónia e Finlândia, e chegou à conclusão que os spin-offs têm dificuldade em obter financiamento e em chegar com sucesso aos mercados estrangeiros. A área das vendas, pouco valorizada pelos empreendedores académicos, é um dos principais fatores que dificultam o crescimento deste género de empresas de base académica. O estudo foi elaborado para a Comissão Europeia e apresentado na 8ª Conferência de Inovação e Empreendedorismo, em Bruxelas.

Destaque 11   Destaque 03

Ao contrário do que seria de esperar, as empresas baseadas no know-how das instituições superiores de ensino (empresas montadas por professores ou por estudantes que quiseram implementar o seu projeto fim de curso – transferência de conhecimento do ensino superior para o mundo dos negócios) crescem pouco. Na amostra Spin-Up o crescimento médio registado por empesa foi de 1,6 recursos humanos a tempo inteiro por ano.

Que aptidões faltam aos empreendedores em empresas começadas na academia, e como contrariar esta tendência?

As dificuldades na própria gestão dos recursos humanos e na área das vendas, bem como a falta de conceitos económicos e de literacia financeira, contam-se entre os principais fatores descritos no estudo “Spin-up: A comprehensive program Aimed to Accelerate University Spin-Off Growth” como aqueles que têm motivado um crescimento lento das empresas de base universitária.

Destaque 04   Destaque 05

Os spin-offs académicos têm uma visão muito técnica do negócio e descuram a vertente comercial, o que afeta o crescimento das empresas. “Ter um bom produto não chega se ninguém o comprar”, refere o investigador da Unidade de Inovação e Transferência de Tecnologia (UITT) do INESC TEC Manuel Au-Yong Oliveira que, juntamente com Alexandra Xavier e João José Pinto Ferreira, integra a equipa do INESC TEC, um dos parceiros portugueses do estudo.

“Verifica-se que a área das vendas tem uma conotação negativa. Os empreendedores académicos têm muitas vezes a expetativa de que o produto se vende sozinho e por isso não apostam, em especial desde o início, em profissionais especializados nesta área, nem em estudos prévios de recetividade dos produtos e serviços pelo mercado, por exemplo em termos do preço a praticar”, acrescenta o investigador. Saber vender é, assim, essencial para desenvolver marcas e pessoas capazes de aplicar princípios de venda científicos e frequentemente os promotores descuram esse lado do negócio.

Destaque 10   Destaque 02

É preciso saber vender o produto

Outro entrave ao crescimento das empresas empreendedoras nascidas na academia, identificado no estudo é a angariação de capital. A crise financeira internacional tem prejudicado, de certa forma, a alavancagem de novas empresas, já que tem feito com que os investidores se retraiam. As empresas que dependem do mercado interno estão entre as principais afetadas por este ‘ecossistema’ económico negativo e os spin-offs nacionais não fogem à regra: “Portugal tem graves problemas de escala. Somos 10 milhões e o país está com dificuldades económicas”, explica Manuel Au-Yong Oliveira.  

Neste sentido, o estudo permitiu ao investigador identificar bastantes semelhanças entre os quatro países que foram analisados. Portugal, Polónia, Finlândia e Holanda “têm aptidões de liderança muito semelhantes, incluindo descentralização das decisões, visão de longo prazo, pretender o bem do todo, realizar encorajamento, fornecimento de informação e aprendizagem”, conclui.

Destaque 06   Destaque 07

O estudo foi elaborado para a Comissão Europeia e apresentado na 8ª Conferência de Inovação e Empreendedorismo, em setembro, em Bruxelas. A amostra de entrevistados e/ou inquiridos incluiu 99 CEOs de spin-offs académicos dos quatro países já referidos: Portugal, Holanda, Polónia e Finlândia. Além do INESC TEC, participou, em Portugal, a Advancis Business, empresa de consultoria especializada em gestão de recursos humanos e formação avançada. Os parceiros internacionais foram a Leaders2Be, a Universidade Técnica de Delft (ambas da Holanda) e a Universidade de Tecnologia de Lappeenranta (Finlândia). O projeto Spin-Up foi financiado pela Comissão Europeia no âmbito do Programa Erasmus (cooperação entre Empresas e Universidades).

Ciclo de workshops Spin-UP

Ainda no âmbito do projeto europeu Spin-Up, o INESC TEC organizou um ciclo de workshops, que terminou em setembro, dedicado à problemática do crescimento e desenvolvimento de spin-offs universitários. Este ciclo teve como objetivo dotar os participantes de competências empresariais-chave, essenciais ao crescimento e alavancagem de spin-offs universitários.

Destaque 08   Destaque 09

“Inovação, Marketing e Vendas”, “Estratégia”, “Planeamento Financeiro”, “Internacionalização” e “A Gestão de Recursos Humanos e a Liderança” foram os temas das sessões, com as quais a UITT pretendeu “dar um empurrãozinho aos empreendedores, portugueses mas não só, e ajudá-los a chegar mais longe”, diz Manuel Au-Yong Oliveira. Estão já a ser programadas novas formações do mesmo género para o próximo ano.

Os investigadores com ligação ao INESC TEC referidos nesta notícia tem vínculo às seguintes entidades parceiras do Laboratório Associado: INESC Porto e FEUP.

Créditos Foto 2: Flickr