Fora de Série
Este espaço destina-se a prestar homenagem a um colaborador que mensalmente se distinga com especial relevo na sua atividade. A escolha final é da responsabilidade da Redação do BIP mas a colaboração das Coordenações de todas as Unidades é preciosa pois as sugestões e motivações são fundamentalmente da sua responsabilidade...
FILIPE JOEL SOARES
1. Esta é a sua segunda eleição como “Fora de Série”, precisamente um ano depois de ter sido eleito pela primeira vez. Sente que cresceu profissionalmente durante este período de um ano?
Sem dúvida que sim. Paralelamente à aprendizagem contínua de novos conceitos, desenvolvi também as minhas competências no que toca à capacidade de abordar novos problemas e de utilizar novos programas, cada vez mais complexos, para os solucionar. Esta evolução traduz-se, essencialmente, na execução de determinadas tarefas de forma mais rápida e objetiva.
2. De que forma é que o trabalho que tem vindo a desenvolver no INESC TEC/Unidade de Sistemas de Energia (USE) contribuiu para o seu desenvolvimento profissional?
Desde que integrei a USE, tenho desenvolvido diferentes trabalhos que me permitiram contactar com variados problemas e com as diversas ferramentas e metodologias utilizadas na sua resolução.
Este processo de procura de soluções para os diversos problemas que me são colocados, como referi anteriormente, contribui para a minha evolução profissional não só por me “obrigar” a contactar com novas ferramentas e metodologias, mas também por desenvolver a minha desenvoltura na abordagem a novos problemas.
3. A sua nomeação surge no âmbito do projeto REIVE. Qual a importância deste projeto para USE, em concreto, e para o INESC TEC, no geral?
O projeto REIVE veio reafirmar a qualidade do trabalho desenvolvido pela USE na área temática das redes inteligentes, dando continuidade ao trabalho iniciado nos projetos Europeus Microgrids, More Microgrids e MERGE e, no panorama nacional, ao projeto InovGrid. Desta forma, a USE mantém-se líder no conhecimento científico específico da sua área de atuação.
Para o INESC TEC, o projeto REIVE contribuiu para o engrandecimento da imagem da instituição, fixando o INESC TEC como uma referência na área da mobilidade elétrica e promovendo a instituição como líder em inovação no panorama nacional.
4. Há alguma área em particular que gostaria de explorar em projetos futuros?
Esta é uma pergunta muito difícil, uma vez que existem vários temas interessantes em desenvolvimento na USE que gostaria de explorar futuramente. Com o meu doutoramento na “reta final”, penso, após o concluir, dedicar algum tempo a desenvolver os meus conhecimentos na área da dinâmica das redes elétricas e do HVDC (High Voltage Direct Current).
5. Terminaremos este questionário, pedido que comente a nomeação de Manuel Matos, coordenador da USE.
Estes dois estudantes de doutoramento desenvolveram um esforço notável na definição da especificação funcional do projeto REIVE, definindo o núcleo da arquitetura de referência para a integração de VE nas redes de distribuição e as funcionalidades necessárias para a sua gestão. Este esforço envolveu muitas horas de trabalho e uma grande dedicação, tendo sido obtidos resultados de muita qualidade. Deve dizer-se que outras pessoas estiveram envolvidas nesse trabalho com relevantes contribuições e dedicação, mas a contribuição deste dois bolseiros merece destaque.
Ver o nosso trabalho elogiado pelo Professor Matos, cujo rigor é unanimemente reconhecido pelos colaboradores da USE, é uma honra e uma responsabilidade acrescida em trabalhos futuros, nos quais possa vir a estar envolvido.
Tal como o referido pelo Prof. Manuel Matos, gostaria de salientar que a definição da especificação funcional do projeto REIVE só foi possível com o contributo dos elementos da USE e da UTM que participaram nesta tarefa do projeto.
david rua
1. O David Rua é outro repetente em matéria de “Fora de Série”. Está a viver este momento da mesma forma ou da primeira vez a eleição teve um sabor mais especial?
Encaro esta nomeação da mesma forma que a primeira, agradecendo a distinção que partilho com o Joel. Fico naturalmente contente de ver o meu trabalho, que surge como parte de uma equipa de grande valor que trabalhou no projeto REIVE, distinguido.
2. Quais são, na sua opinião, as principais mais-valias oferecidas pelo INESC TEC/USE a um investigador em início de carreira que opte por “arrancar” aqui?
Em primeiro lugar, destaco a qualidade e a diversidade do trabalho desenvolvido no âmbito dos diferentes projetos em que a USE se encontra envolvida, as quais me motivam particularmente e, julgo, motivarão qualquer investigador em início de carreira. Em segundo lugar, destaco as pessoas que compõem a USE, que aliam grandes qualidades técnicas às melhores qualidades humanas, fazendo qualquer pessoa que aqui tencione trabalhar sentir-se bem-vinda e integrada. Por último, evidencio o elevado nível de exigência com que somos confrontados diariamente e que nos leva a tentar sempre colocar o máximo de qualidade no trabalho que desenvolvemos, contribuindo quer para o crescimento individual, quer para o crescimento coletivo.
3. O seu sonho passa por seguir uma carreira académica ou pretende tentar uma experiência profissional na indústria?
Olhando para trás, sempre disse que o doutoramento não fazia parte dos meus planos. Por isso, já tenho experiência suficiente para dizer que não sei exatamente o que farei no futuro. A experiência proporcionada pelo trabalho de investigação desenvolvido aqui no INESC TEC tem-me oferecido um grande crescimento pessoal e profissional e, neste momento, motiva-me. No entanto, não descarto outras áreas, tais como a passagem de novo pela indústria ou, quem sabe, desenvolver algo que esteja relacionado com ambas as áreas.
4. Para além do David e do Filipe, se pudesse destacar outro elemento que tenha sido chave para o sucesso do projeto no âmbito do qual surgiu a sua nomeação, quem seria?
Não posso destacar apenas outro elemento, pois seria injusto. Por isso, não posso deixar de mencionar os elementos da USE: Prof. Peças Lopes, Luís Seca, Ricardo Rei, Pedro Almeida, Carlos Moreira, André Madureira, Diego Issicaba, Mauro Rosa, Fernanda Resende e Nuno Gil e da UTM (Unidade de Telecomunicações e Multimédia): Prof. José Ruela, Carlos Pinho e Filipe Ribeiro, cujos contributos tornaram possível a concretização deste trabalho.
5. Terminaremos este questionário, pedido que comente a seguinte citação de Manuel Matos, coordenador da USE.
Estes dois estudantes de doutoramento desenvolveram um esforço notável na definição da especificação funcional do projeto REIVE, definindo o núcleo da arquitetura de referência para a integração de VE nas redes de distribuição e as funcionalidades necessárias para a sua gestão. Este esforço envolveu muitas horas de trabalho e uma grande dedicação, tendo sido obtidos resultados de muita qualidade. Deve dizer-se que outras pessoas estiveram envolvidas nesse trabalho com relevantes contribuições e dedicação, mas a contribuição deste dois bolseiros merece destaque.
Agradeço a amabilidade do Prof. Manuel Matos no reconhecimento que faz e saliento também o facto desta distinção caber também por inteiro aos elementos da USE e da UTM que participaram na especificação do projeto REIVE.