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Um olhar sobre nós na voz dos nossos parceiros - Testemunho da Sinepower Lda, pela voz de Marco Leonor.

Fora de Série

"É importante tentar outra vez, quando da primeira não se conseguiu." Vítor Santos Costa (CRACS/INESC TEC)

A Vós a Razão

"Como me disse o mesmo professor, "Há males que vêm por bem!" e não posso deixar de concordar. Se não tivesse tomado a decisão de mudança de vida (naquela altura) dificilmente teria tido esta oportunidade [de trabalhar no INESC TEC]...", Ricardo Almeida (UESP)

Asneira Livre

"A minha permanência aqui no INESC TEC também me permitiu ter algum contacto com outras nacionalidades e culturas, o que tem tornado a minha experiência bastante enriquecedora...", Erika Pequeno (USE)

Galeria do Insólito

E quando é o carro que enfia o barrete na compra do dono?

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BIP tira Raio X a colaboradores do INESC TEC...

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Fora de Série

Este espaço destina-se a prestar homenagem a um colaborador que mensalmente se distinga com especial relevo na sua atividade. A escolha final é da responsabilidade da Redação do BIP mas a colaboração das Coordenações de todas as Unidades é preciosa pois as sugestões e motivações são fundamentalmente da sua responsabilidade...

VÍTOR SANTOS COSTA

1. Quando é que descobriu que queria dedicar parte da sua vida à investigação científica?

Sempre me interessei pela Ciência e, em particular, por Matemática e Física. Quando era aluno na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), descobri as possibilidades oferecidas pelos Computadores e pela Informática e fiquei com o “bichinho dos computadores”. A partir daí, tentei aproveitar todas as oportunidades que foram aparecendo. Em particular, tive a sorte de poder começar com os Professores Luís Damas e Miguel Filgueiras, que tinham terminado os seus doutoramentos e que foram um grande exemplo.

2. O que é que motiva um investigador “internacionalmente consagrado” a trabalhar no INESC TEC, mais concretamente no Centro de Investigação em Sistemas Computacionais Avançados (CRACS)?

Como qualquer outro investigador, preciso de ter o estímulo de colegas com os quais possa colaborar ou dos quais possa receber ideias e novas perspetivas. Por outro lado, preciso de apoio de pessoas que entendem como funciona o mundo real. O INESC TEC fornece essa infraestrutura, tanto a nível de interação como a nível de suporte, e tem sido uma enorme mais-valia para mim. Além disso, o CRACS fornece um ambiente de investigação entre colegas que partilham muitos dos meus interesses científicos e com os quais mantenho uma excelente relação de amizade pessoal.

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3. De que forma a adesão do CRACS ao INESC TEC, Laboratório Associado coordenado pelo INESC Porto, alavancou a atividade de I&D desenvolvida em ambas as instituições?

Existem vários fatores, mas para mim a melhor medida é que a ligação do CRACS ao INESC TEC já permitiu vários projetos, tanto nacionais como internacionais. Não só entre o CRACS e o INESC Porto, mas também envolvendo o LIAAD.

4. Considera que a ligação ao INESC TEC/CRACS enriquece a sua atividade enquanto docente do Ensino Superior?

Como professor universitário, sou tanto docente como investigador. São duas facetas da mesma atividade. A investigação faz com que o ensino não seja uma rotina, e o ensino contextualiza e humaniza a atividade de investigação. Se o INESC TEC afeta a minha investigação, afeta o meu ensino.

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5. Que conselhos daria a um investigador no início de carreira?

Gostaria de falar com ela ou com ele primeiro, porque cada caso é especial e por mais velho que eu já seja a minha sabedoria continua um pouco limitada... Dito isto, para não fugir à pergunta, na minha experiência o que é mais importante é não ter medo de cometer erros e de arriscar. É assim que as crianças aprendem, e as crianças são boas a aprender!

6. Entre publicações em quatro conferências, uma revista científica e workshops, à participação ao mais alto nível em duas conferências internacionais, passando pela liderança de dois projetos FCT, o primeiro semestre de 2012 foi, no mínimo, desafiante. Qual é o balanço que faz deste período especialmente exigente a nível profissional?

É importante escolher bons colaboradores, tanto colegas como alunos, e tenho tido muita sorte. É importante tentar outra vez, quando da primeira não se conseguiu.

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7. Se tivesse que eleger o trabalho mais exigente, de entre as suas publicações do primeiro semestre, qual seria e porquê?

O trabalho sobre investigação de ADRs (efeitos adversos de drogas), parece fácil, mas é um trabalho excecionalmente difícil em todos os aspetos. São novos algoritmos, novos dados e para ajudar existem problemas éticos complicados. Os nossos resultados são limitados e iniciais, mas mesmo assim exigiram um esforço grande, o que foi (felizmente) reconhecido pela comunidade.

8. O Vítor presidiu o comité científico em duas conferências internacionais. Como é que encara a responsabilidade de assegurar o rigor e qualidade científica deste tipo de eventos?

O INESC TEC tem muitos investigadores com experiência na organização científica de eventos. No meu caso, tive a sorte de lidar com dois excelentes comités de programa. Tendo confiança nos relatórios sobre os artigos, a tarefa foi mais de tomar as decisões difíceis sobre quem entra e quem fica de fora. E isso é difícil mesmo.

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9. Como está a ser a experiência de liderar projetos FCT?

Gostaria de poder organizar os projetos tão bem como alguns colegas no Departamento de Ciências da Computação (DCC) ou do resto do INESC TEC. Suponho que tenho muito para aprender. Dito isto, e apesar de toda a confusão, tenho tido a sorte de encontrar bons colaboradores. O meu pedido ao pai Natal é que a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) acredite mais nas leis do mercado e menos em bocadinhos de papel!

10. Terminaremos este breve questionário pedindo que comente a sua nomeação, feita por Fernando Silva, coordenador do CRACS.

Apesar de o Vítor Santos Costa ser, há já algum tempo, um investigador internacionalmente consagrado, em parte pelo notável trabalho na área da programação lógica, espelhado na liderança do desenvolvimento do sistema Yap Prolog, não posso deixar de enaltecer o elevado desempenho científico que alcançou no primeiro semestre de 2012.

O Vítor é autor de cinco publicações em conferências de elevada seletividade e prestígio entre julho e setembro, nomeadamente na "29th International Conference on Machine Learning" (ICML'2012), dois artigos na "The European Conference on Machine Learning and Principles and Practice of Knowledge Discovery in Databases" (ECML-PKDD'2012), na "26th Conference on Artificial Intelligence" (AAAI'2012), na "22nd International Conference on Inductive Logic Programming" (ILP'2012) e ainda dois artigos na revista "Theory and Practice of Logic Programming" (TPLP).

Acrescem ainda outras publicações em workshops e a presidência de dois comités científicos, nomeadamente da DAMP'2012 (Declarative Aspects and Applications of Multicore Programming) e da ICLP'2012 (28th International Conference on Logic Programming). O Vítor Santos Costa tem presentemente dois projetos FCT em curso sob a sua responsabilidade, tendo o mais recente sido iniciado em março último.

Acredito que este nível de desempenho muito valoriza e enaltece o INESC TEC e, naturalmente, o CRACS e a Universidade do Porto.

Existem muitos colegas no INESC TEC com elevado nível de publicação, e que o conseguem todos os anos. No meu caso, acho que o Fernando quis aproveitar a oportunidade única!