Galeria do Insólito
O ESTRANHO CASO DA AVE SUICIDA
Quem pensa que os investigadores têm uma vida sossegadinha, metidos nos seus laboratórios ou gabinetes, alheios ao que se passa no mundo e imunes aos caprichos da natureza, engana-se cientificamente. Na verdade, os desgraçados estão sujeitos a muito stress, não só intrínseco ao seu trabalho, mas também o que vem do meio ambiente. Surgem, então, os processos de compensação por interação com o mundo animal.
Já aqui falámos do cão que atropelou o carro, da gataria do parque de estacionamento, ou dos ataques de gaivotas no INESC TEC. Agora foi uma ave, carece de averiguação, pardal, pomba ou gaivota, que se esbardalhou em derrame suicida contra a janela do gabinete do SAPE (o nosso Serviço de Apoio a Parcerias Empresariais).
Malevolamente, os colaboradores residentes Pinho e Oliveira, adivinhando a atração natural dos pássaros, fecharam o vidro. Depois, foi só avivar o chamariz: agitar os braços, simulando o estender do verde pinho, do raminho de oliveira, olhar romanticamente o longe… e esperar como tarântula na toca.
Qual a ave que resiste a ir fazer o ninho no pinho? Nidificar à beira da oliveira?
O resultado está à vista: banho de sangue e mais uma vítima esborrachada na janela. As senhoras da limpeza penam, esfregam, esfregam, mas o vestígio não desaparece. Há quem pretenda mudar o nome do serviço para SADE, vá-se lá saber porquê.