INESC TEC inicia projeto sobre crianças e jovens prematuros
Melhorar o estado de saúde, desenvolvimento e qualidade de vida de crianças e jovens nascidos muito prematuramente (menos de 32 semanas de gestação) ou com muito baixo peso (menos de 1500g) é o objetivo do RECAP - Research on European Children and Adults born Preterm, um projeto europeu iniciado em janeiro de 2017, que tem uma duração prevista de quatro anos.
O RECAP visa integrar, harmonizar e analisar os dados de cerca de 20 coortes europeias sobre crianças e jovens muito prematuros e respetivas famílias, informação que tem vindo a ser recolhida desde 1980 até ao presente, conjuntamente com dados de registos nacionais.
Os nascimentos muito prematuros estão associados a riscos mais elevados de paralisia cerebral, deficit visual e auditivo, dificuldades cognitivas, problemas psiquiátricos e problemas sociais. Ao mesmo tempo, começam a haver evidências de saúde mental reduzida, impacto na qualidade de vida, relacionamento social e oportunidades emprego.
O INESC TEC é responsável pela conceção e desenvolvimento da plataforma RECAP, que alia a mais recente tecnologia de gestão e partilha de dados, ferramentas para reforçar a capacidade de investigação e a participação alargada de stakeholders, incluindo investigadores, clínicos, decisores, crianças e jovens muito prematuros e respetivas famílias.
Participam neste projeto o Centro de Sistemas de Informação e de Computação Gráfica (CSIG), representado pelos investigadores João Correia Lopes e Artur Rocha, e o Laboratório de Inteligência Artificial e Apoio à Decisão (LIAAD), representado pelos investigadores Rui Camacho, Alípio Jorge, Pedro Campos e Carlos Ferreira.
O RECAP conta com um consórcio de 20 parceiros de 12 países europeus, sendo os participantes nacionais o INESC TEC e o ISPUP (Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto). Entre os participantes contam-se ainda parceiros como o TNO (Holandês, coordenador), a Universidade de Warwick (Reino Unido), o INSERM (França), a Universidade de Leicester (Reino Unido), o THL (Finlândia), o Instituto Karolinska (Suécia), a Universidade de Bona (Alemanha), a Universidade de Helsínquia (Finlândia) e o Hospital Pediátrico Bambino Gesu (Itália), entre outros.
Os investigadores mencionados nesta notícia têm vínculo ao INESC TEC e à FEUP-UP.