Cadê Você?
O INESC TEC lança todos os meses no mercado pessoas altamente qualificadas. Muitas vezes, essas pessoas vão ocupar lugares de destaque nas melhores empresas nacionais e internacionais ou optam por formar spin-offs. Como a melhor forma de transferir tecnologia é transferir pessoas, nesta secção a voz é dada aos colaboradores que se formaram no INESC TEC e agora brilham noutras empresas e instituições.
Filipe Oliveira, Stellar Trading Systems, Software Engineer
- Ano em que entrou e saiu do INESC TEC: 2015-2016
- Centro do INESC TEC com que colaborou: CPES - Centro de Sistemas de Energia
- Títulos dos projetos em que participou: EvolvDSO e UPGRID
Testemunho relativo a sua experiência desde a sua saída do INESC TEC
Após a minha saída do INESC TEC, tive a oportunidade de integrar uma equipa de desenvolvimento de software na Pebble Beach Systems em Londres. A Pebble Beach Systems, também conhecida como PBS, é uma empresa que se dedica a criar software de automação para a indústria de Broadcasting sendo um dos clientes mais sonantes a Bloomberg. Durante o período em que trabalhei na Pebble Beach Systems, desenvolvi drivers, algoritmos de deteção de falhas, uma framework para troca de mensagens sobre um a rede TCP/IP e um sistema de automação para gravar live stream feeds de forma recorrente. Este último projeto, que teve a duração de 6 meses, foi sem dúvida o mais ambicioso pela sua complexidade e o mais gratificante. Com a conclusão do sistema de automação, decidi que seria uma boa altura para dar o passo seguinte.
Neste momento, encontro-me a trabalhar como Software Engineer numa outra empresa em Londres, mas que se dedica a desenvolver software para entidades ligadas ao mundo de investimentos. A decisão de mudar da indústria de Broadcasting para uma ligada ao mundo de investimentos esteve ligada aos desafios inerentes ao desenvolvimento de software classificado como mission-critical e latency sensistive cuja a exigência é maior em termos da qualidade, rigor e eficiência do código. Os projetos em que estou envolvido incluem exchange gateways, protocolos financeiros, feed de dados de mercados financeiros e o núcleo do sistema de trading.
É difícil fazer uma comparação entre as duas empresas mencionadas anteriormente com o INESC TEC. Durante a minha passagem pelo INESC TEC, foquei-me no desenvolvimento de programas que recorriam a modelos matemáticos para fazer a previsão da carga elétrica numa dada rede. Algo mais ligado ao ramo científico. Enquanto que agora a minha atenção está direcionada para a engenharia de software. Ambas as áreas são muito interessantes mas penso que é na área da engenharia de software que terei uma melhor oportunidade para me destacar.
Na sua opinião como é que a sua experiência no INESC TEC ajudou no novo papel?
É um motivo de orgulho ter feito parte de uma instituição como o INESC TEC que é uma referência a nível nacional na investigação. E gostaria de agradecer ao professor Ricardo Bessa por ter proporcionado essa oportunidade. A experiência no INESC TEC foi sem dúvida muito positiva e que de certa forma deixa alguma saudade.
Apesar da passagem pelo INESC TEC não ter ajudado diretamente no meu novo papel, permitiu-me refletir um pouco mais sobre o meu futuro e ambições profissionais.
Na sua opinião, o INESC TEC mudou em quais aspectos desde a sua saída?
Estando a viver fora de Portugal, não é fácil responder a esta questão. Contudo, pelas notícias que tenho acompanhado e pelas reportagens no Porto Canal, o INESC TEC parece continuar a estar num bom caminho.