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"Mudam-se os tempos, mudam-se as verdades e o problema das “fake news” emerge.", Nuno Guimarães (CRACS)

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Pensar Sério

Da relevância à Veracidade nas Redes Sociais

por Nuno Guimarães*


O meu nome é Nuno Guimarães e faço parte do CRACS/INESC TEC há aproximadamente três anos. A minha investigação tem-se focado maioritariamente na análise das notícias nas redes sociais: inicialmente identificar o que é relevante na imensidão de conteúdo divulgado e, mais recentemente, distinguir a informação que é credível da que não é.

Com o número de utilizadores de sites como o Facebook e o Twitter a crescer exponencialmente, a facilidade de acesso pelos nossos smartphones e, consequentemente, a propagação quase instantânea de conteúdo, muita informação relevante (por exemplo de terramotos) começou a ser relatada na primeira pessoa por utilizadores destas mesmas redes. Para jornalistas ou simplesmente cidadãos preocupados, encontrar este tipo de informação no meio da imensidão de posts criados todos os dias não é de todo uma tarefa fácil. Fazendo uma analogia, imagine que o conteúdo relevante nas redes sociais é o gatinho na imagem. Como o leitor rapidamente constatou, detetar automaticamente este felino não se afigura uma tarefa trivial. Assim, torna-se necessário automatizar a procura de informação jornalisticamente relevante (e não gatinhos), que foi o principal objetivo do primeiro projeto em que estive envolvido no CRACS/INESC TEC: o REMINDS.

Gatinho na imagem

Mudam-se os tempos, mudam-se as verdades e o problema das “fake news” emerge. Penso que não é aqui o espaço para desenvolver este tema, para além de que decerto já é familiar ao leitor dada a atenção que lhe tem sido concedida ultimamente na comunicação social e em debates públicos. No entanto, com o projeto REMINDS a terminar e tendo como objetivo seguir para o próximo ciclo de estudos, aproveitei esta nova realidade para desenvolver a minha proposta de projeto de doutoramento pois, se por um lado já possuía alguma bagagem na análise de dados das redes sociais, por outro era uma oportunidade para continuar o trabalho do REMINDS adaptado a uma nova realidade onde a informação falsa é propagada a um ritmo muito elevado. E mais uma vez, detetar automaticamente informação falsa nas redes sociais não é uma tarefa fácil. Voltando à analogia dos gatinhos, presenteio o leitor com duas imagens de modo que perceba a dificuldade da tarefa na distinção do que é verdadeiro do que não é. Por mais incrível que pareça, não são duas imagens de gatos!

cão gato

Terminando em tom sério e menos irónico, a propagação de notícias falsas é hoje um problema bastante grave com consequências que já todos ouvimos falar. Cada vez mais se torna essencial detetar este tipo de informação automaticamente e o mais cedo possível de modo a evitar a sua propagação. Grandes empresas como a Google, Facebook e Twitter já começam a desenvolver soluções com este objetivo e o tema é claramente “hot topic” na comunidade científica. Portanto, só tenho a agradecer ao CRACS/INESCTEC e aos meus orientadores - Prof. Álvaro Figueira e Prof. Luís Torgo - por me possibilitarem as condições para estudar esta questão. Esperemos que os resultados obtidos deste trabalho contribuam para a resolução do que é atualmente um dos maiores problemas para o conhecimento e cujas consequências são tudo menos inventadas.

 

* Colaborador do Centro de Sistemas de Computação Avançada (CRACS)

 

 

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