Offside
Corporate

"A participação do INESC Porto foi positiva e enriquecedora. Consistiu na selecção e formação de um colaborador no domínio dos sistemas de informação e redes e no desenho do conceito e acompanhamento da implementação de uma plataforma de comunicação (...)"

Fora de Série

"...Não é fácil sair logo da faculdade e entrar numa unidade como a USE. Fazendo uma analogia com o futebol, é como passar dos juniores do FC Porto para a equipa sénior do Real Madrid." Ricardo Bessa

A Vós a Razão

"(...) posso dizer que as expectativas foram plenamente confirmadas, dado que, no INESC Porto, encontrei o ambiente interdisciplinar que precisava para levar a cabo o meu projecto de doutoramento", Sanderson Lima

Asneira Livre

"(...) venho por este meio propor um torneio de boxe. Depois do que se viu no jogo entre a UTM e a USE, parece que temos bons praticantes...", Hélder Oliveira

Galeria do Insólito

Descobrimos algo surpreendente: a conceituada Universidade de Aveiro utilizou um texto de uma edição de 2004 do BIP como base para um teste-modelo de Português para admissão de maiores de 23 anos!

Ecografia

BIP tira Raio X a colaboradores do INESC Porto...

Jobs 4 the Boys & Girls

Referência a anúncios publicados pelo INESC Porto, oferecendo bolsas, contratos de trabalho e outras oportunidades do mesmo género...

Biptoon

Mais cenas de como bamos indo porreiros...

 

BANALIZAR O IMPOSSÍVEL

Sem excessivo festival, terminou o concurso denominado “as sete maravilhas de origem portuguesa no mundo”. Pro memoria, aqui ficam os resultados que foram divulgados sobre a votação popular na internet:

- fortaleza de Diu, na Índia

- fortaleza de Mazagão, em Marrocos

- basílica do Bom Jesus em Goa, Índia

- Cidade Velha de Santiago, Cabo Verde

- igreja de São Paulo em Macau, China

- convento de São Francisco de Assis da Penitência em Ouro Preto, Brasil

- convento de São Francisco e Ordem Terceira em Salvador, Brasil

São escolhas magníficas. E se acaso alguns publicitaram um público desprezo pelo conceito, não nos ocorre melhor que reflectir que uma das chagas do salazarismo terá sido essa, provocar numa camada da população a rejeição do respeito pela própria história, dado o abuso que dela fez.

Mas não nos iludamos: quem não respeita as suas raízes, dificilmente ficará de pé, pois não tem alicerces.

Convém, porém, ser mais do que contemplativo. O monumento que nos fascina, é preciso que conste, nomeado mas não eleito porventura pela sua localização mais que remota e desviada das rotas do turismo e do comentário, é o Forte do Príncipe da Beira, na Rondónia, fronteira com a Bolívia.

Descomunal: 1 quilómetro de perímetro, muralhas de 60 metros de elevação. Improvável: no meio da selva amazónica, na margem do rio Guaporé, ainda hoje para chegar lá é preciso querer ir lá. Trágico: das mortes na construção a lugar de degredo de condenados sem esperança. E épico: levantado no século XVIII, mais tarde perdido e abandonado e redescoberto pelo General Rondon em 1906, imagine-se o espanto do dar de caras com tal gargântua construção.

Acima de tudo, o Forte do Príncipe da Beira pode simbolizar, se assim o quisermos, a demência iluminada do delírio sem medida. Mas se os portugueses são capazes, hoje como em 900 anos, do melhor e do pior, escolhamos então o Forte como uma materialização do seu melhor: a ambição de ser mais, ir mais além, não aceitar limites, preferir o glorioso ao rentável e seguro, assumir o rasgo ousado de banalizar o impossível.

 

Assim queiramos ser. Ninguém é melhor que nós nisto que somos.