Cadê Você?
O INESC TEC lança todos os meses no mercado pessoas altamente qualificadas. Muitas vezes, essas pessoas vão ocupar lugares de destaque nas melhores empresas nacionais e internacionais ou optam por formar spin-offs. Como a melhor forma de transferir tecnologia é transferir pessoas, nesta secção a voz é dada aos colaboradores que se formaram no INESC TEC e agora brilham noutras empresas e instituições.
Maria Almeida, Blip – Web Engineers, Product owner
- Ano em que entrou e saiu do INESC TEC: 2011- 2014
- Centro(s) do INESC TEC com que colaborou: CESE
- Título(s) do(s) projeto(s) em que participou: Produtech (vários subprojetos), OPM3
Testemunho relativo a sua experiência desde a sua saída do INESC TEC
A minha passagem pelo INESC TEC foi sem dúvida uma rampa de lançamento para o meu percurso profissional que inevitavelmente moldou muitas daquelas que são atualmente as minhas formas e processos de trabalho, de interagir com os meus colegas, e de lidar com as mais variadas situações, dependências e constrangimentos dos projetos do meu dia a dia.
Deixei o INESC TEC após dois anos e meio, período no qual trabalhei em várias áreas, desde a definição de requisitos em projetos mais empresariais, passando pela gestão de projeto e pela investigação e redação de papers de investigação. Na altura de saída procurava sobretudo um desafio novo onde me pudesse especializar um pouco mais, numa área diferente. Comecei então a trabalhar como Agile Product Owner na Blip, uma empresa de Web development que cria produtos Web e Mobile de alta performance e com elevados requisitos de desempenho, eficácia e user experience. O meu papel é o de gerir o backlog das equipas de desenvolvimento desde a especificação e prioritização dos requisitos funcionais e de design, gestão do relacionamento com stakeholders e acompanhamento, teste e aceitação das features desenvolvidas. Neste momento sou responsável por duas equipas Scrum, para as quais tenho de assegurar um backlog de requisitos rigoroso e “saudável”. A herança INESC TEC que prevaleceu no meu ADN profissional concedeu-me sobretudo um conjunto de bases multifuncionais que me permitem lidar com pessoas de várias hierarquias, áreas de negócio e também nacionalidades (sejam eles designers, web analysts, arquitetos, developers, delivery managers, etc.), fazer o levantamento de requisitos a alto e baixo nível de uma forma sustentada e, ainda, pelo facto de ter trabalhado também em Gestão de Projeto na minha passagem pela UESP (atual CESE), conseguir antecipar e gerir da melhor forma todas as coisas “não planeadas” de um projeto ou de uma sprint. Penso que do INESC TEC, e do seu ambiente descontraído e mesclado entre a investigação e o mundo empresarial, trouxe sobretudo uma maturidade como pessoa e profissional, um espírito critico mais apurado e sem medo de fazer todas as perguntas e a determinação em ir procurar soluções e respostas para os desafios existentes. Por outro lado, o ambiente relaxado e descontraído da Blip, onde também é fomentada a entreajuda e colaboração, capacidade crítica e a postura descontraída no trabalho, foram também sem dúvida o melhor acolhimento possível.
Na sua opinião como é que a sua experiência no INESC TEC ajudou no novo papel?
O facto de ter trabalhado em vários projetos e âmbitos diferentes durante a minha estadia INESCiana claramente tornou-me mais competitiva no mercado de trabalho, no sentido em que me concedeu skills multifuncionais e de adaptação às mais variadas situações. Hoje em dia, são cada vez mais valorizadas não só as competências core de um profissional, mas também as suas soft skills que contribuam para uma melhor relação entre colaboradores e uma gestão do trabalho mais eficaz e colaborativa. Considero que o INESC TEC ajudou-me a formar uma postura profissional correta, rigorosa e assertiva, ao mesmo tempo que me forneceu técnicas e ferramentas de gestão e de levantamento de requisitos que ainda hoje utilizo ou relembro quando considero pertinente.
Na sua opinião, o INESC TEC mudou em quais aspetos desde a sua saída?
Acho que o INESC TEC também tem sabido evoluir de acordo com aquela que é a situação económica do país, assumindo-se como um player de relevo para as pequenas e medias empresas que procuram ser mais inovadoras e competitivas no tecido industrial e empresarial. Fruto dessa evolução é a forma como o INESC TEC se reorganizou interna e externamente, tendo abraçado áreas mais essenciais ao crescimentos das empresas portuguesas e de uma economia que claramente necessita de inovação, criatividade e competitividade. Espero que continue no seu caminho de sucesso ao mesmo tempo que contribui para lançar para o mercado também jovens novos recursos especializados e preparados para enfrentar novos desafios, tal como aconteceu comigo!