Offside
Corporate

Um olhar sobre nós na voz dos nossos parceiros - Sinuta, S.A., pela voz de Rui Gomes.

Fora de Série

"... INESC Porto possui uma incrível habilidade de servir de extensão da nossa própria casa. (...) Fico feliz por ter sido escolhido neste mês, e compartilho esta posição com todos os meus colegas da USE." Mauro Rosa

A Vós a Razão

"Os esforços levados a cabo pela Instituição (...) pretendem tornar realidade o estabelecimento de parcerias alicerçadas em projectos inovadores", Augustin Olivier

Asneira Livre

"Após várias noites mal dormidas decidi desmitificar um tema corrente ao qual os meios de comunicação não têm dado a relevância devida: a Gripe A...", Nelson Rodrigues

Galeria do Insólito

Quem vem e atravessa o open space da Unidade de Telecomunicações e Multimédia (UTM) pode ficar surpreendido com os conteúdos que para ali vão nos ecrãs de computador dos nossos queridos colaboradores...

Ecografia

BIP tira Raio X a colaboradores do INESC Porto...

Jobs 4 the Boys & Girls

Referência a anúncios publicados pelo INESC Porto, oferecendo bolsas, contratos de trabalho e outras oportunidades do mesmo género...

Biptoon

Mais cenas de como bamos indo porreiros...

 

Asneira Livre

“Gripe A!? Nunca ouvi falar ”

Por Nelson Rodrigues*

Quando me lançaram o desafio para escrever no BIP para a “Asneira Livre” comecei logo a imaginar quais os possíveis temas que poderiam cativar a heterogeneidade do grupo de leitores do BIP. Vários tópicos ocorreram na minha cabeça, entre os quais passo a citar: as condições “termo-climáticas” do edifício INESC Porto, de que forma os espaços de lazer no local de trabalho poderiam aumentar a produtividade, o impacto das redes sociais na sociedade actual, o meu plano para ver o próximo concerto dos U2 sem bilhete, a estagnação da política europeia, a ditadura francesa sobre o uso da Internet, ruivos e pandas, plano de saúde dos Estados Unidos, futebol, ou simplesmente maçar-vos falando sobre a minha pessoa. Após várias noites mal dormidas decidi desmitificar um tema corrente ao qual os meios de comunicação não têm dado a relevância devida: a Gripe A. 

Ninguém consegue afirmar com certeza a origem do vírus, uma simples evolução do vírus da gripe, uma transmissão directa do vírus animal para o ser humano ou um simples descuido laboratorial. Sem dúvida que a minha tese preferida é a teoria da conspiração digna de um filme de Hollywood, que consiste na ideia de que o vírus foi criado propositadamente por um complô dos principais governos mundiais com o objectivo de originar uma limpeza étnica. Sinceramente, nesta fase pouco interessa, o pânico está instalado. Sempre que alguém manifesta algum sintoma de gripe é apontado e apupado da mesma forma que um pecador impuro em plena praça pública no tempo da Inquisição. Deixo desde já o aviso, visto que o português é perito em “chico-espertismos”, que de certeza vão aparecer muitos indivíduos nesta fase natalícia de consumo desenfreado a tossir e a espirrar compulsivamente, à espera que alguma alma caridosa o deixe avançar nas filas de pagamento.

Todos os dias arrependo-me amargamente de não ter comprado acções nas empresas que fabricam desinfectantes e máscaras de protecção, revelou uma enorme falta de visão da minha parte. Contudo, este foi um dos aspectos positivos desta gripe, a população de uma forma geral ganhou consciência da forma como se transmite a gripe e tem demonstrado mais civismo ao “desinfectar-se” de uma forma mais regular. 

Felizmente, surgiu repentinamente a vacina que nos vai salvar desta maleita. Mas, mais uma vez fiquei aborrecido comigo mesmo, porque perdi novamente a oportunidade de comprar acções na indústria farmacêutica. Desabafos à parte, fiquei contente ao saber que o nosso governo comprou três milhões de unidades, salvo erro, garantindo a sobrevivência dos indivíduos pertencentes aos grupos de risco e individualidades imprescindíveis ao nosso país. Foi então que surgiu uma enorme revolta dentro de mim ao saber que não fazia parte de tal lista. Sugiro então, que o programa de vacinação do nosso parlamento seja efectuado numa sexta-feira à tarde ou então quando os deputados se reúnem para rever o DVD com os melhores momentos da série “Esmiúça os Sufrágios”. Quem não comparecesse à sua hora de vacinação, simplesmente perdia a sua oportunidade. As vacinas que sobrassem eram sorteadas para o comum dos portugueses todos os finais de tarde, no programa apresentado pelo actor Fernando Mendes, “Preço Certo”. Enquanto não chega a oportunidade de me vacinar, resta-me perceber quais as medidas e procedimentos a tomar caso seja confrontado com um caso de Gripe A. O que mais me chamou atenção foi o teletrabalho. Devido a minha curta experiência profissional, uma imensa confusão inundou a minha cabeça. Isto quer dizer que posso ir para casa trabalhar? Ou melhor, ir para um café acolhedor beber um chazinho de limão com mel, ou até, ir para as filas das comprinhas de Natal organizar emails através de um dispositivo móvel? Bem, os tempos que se avizinham responderão às minhas dúvidas.

Com muito agrado verifico que Portugal tem um número de vítimas reduzido. A minha explicação para tal facto deve-se aos passeios de barco que os nossos antepassados tinham por hábito fazer na fase dos Descobrimentos. Podemos ter perdido um império, mas ganhamos informação genética valiosa.

Espero ter feito justiça ao tema “Asneira Livre ” falando num registo mais descontraído sobre um tema bastante sério. Como salvaguarda, gostaria de deixar um aviso a todos os que pensam que nenhuma gripe os consegue apanhar, o vírus veio para ficar e para o ano há mais.

Por fim, gostaria de agradecer aos elementos da unidade a que pertenço, USIC, pelo espírito de camaradagem e entreajuda. E se este ano o Benfica por alguma razão alheia conseguir ganhar algum título, se me é permitido estabelecer um paralelo, a USIC este ano tem fortes probabilidades de ganhar o torneio de futebol do INESC Porto.

*Colaborador na Unidade de Sistemas de Informação e Comunicação (USIC)