Projeto INESC TEC permite perceber fatores que influenciam o tempo que consumidores permanecem nas lojas
A permanência dos consumidores nas lojas é influenciada pela temperatura, ruído e serviço prestado. Esta é a conclusão do projeto RETAIL PRO, um trabalho de investigação onde foi desenvolvida uma plataforma integrada de gestão estratégica em ambientes de trabalho.
O consórcio, constituído pela empresa InovRetail, INESC TEC, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), criou uma plataforma que tem como base novas metodologias e processos de medição dos parâmetros de ambiente das lojas. A correlação destes indicadores com o comportamento dos consumidores é depois analisada pela plataforma. É a partir da análise destas variáveis que é possível atingir um melhor desempenho, que vai depois permitir aumentar as vendas e otimizar os custos operacionais.
Além da temperatura, ruído e serviço prestado, a presença dos consumidores nos espaços comerciais é ainda influenciada por cheiros incomodativos e pelo nível de CO2, principalmente nas lojas situadas em centros comerciais ao final do dia.
“Para perceber as razões que levam a que um consumidor permaneça ou não numa loja utilizamos algumas ferramentas de localização espacial por vídeo, através de Bluetooth ou Wifi, assim como as diferentes variáveis sensoriais, como a temperatura, humidade, ruído, a luminosidade ou os recursos humanos, no fundo tudo que possa afetar o comportamento dos consumidores num certo espaço físico”, explica Pedro Carvalho, o investigador do Centro de Telecomunicações e Multimédia (CTM) do INESC TEC que lidera o RETAIL PRO em conjunto com Luís Corte-Real, também do CTM.
A solução Seeplus®, onde alguns dos módulos foram desenvolvidos através do projeto RETAIL PRO, já está a ser utilizada em lojas como a LEVI’S®, G-STAR RAW, DOCKERS, WORTEN e NIKE. Durante o decorrer das atividades foram estabelecidas cooperações com outros projetos, nomeadamente o Media Arts and Technologies (MAT), com o objetivo de lançar novas iniciativas nesta área e desenvolver módulos de análise mais avançados.
Este projeto começou a ser desenvolvido em setembro de 2012 e teve um financiamento de mais de meio milhão de euros.
Os investigadores com ligação ao INESC TEC referidos nesta notícia têm vínculo às seguintes entidades parceiras: INESC Porto e FEUP.