Cadê Você?
O INESC TEC lança todos os meses no mercado pessoas altamente qualificadas. Muitas vezes, essas pessoas vão ocupar lugares de destaque nas melhores empresas nacionais e internacionais ou optam por formar spin-offs. Como a melhor forma de transferir tecnologia é transferir pessoas, nesta secção a voz é dada aos colaboradores que se formaram no INESC TEC e agora brilham noutras empresas e instituições.
Bruno Vieira, Estudante de Doutoramento, Netherlands Cancer Institute – Antoni van Leeuwenhoek
- Anos em que entrou e saiu do INESC TEC: 2012-2014
- Centro(s) do INESC TEC com que colaborou: CESE, CEGI
- Título(s) do(s) projeto(s) em que participou: COORDINATOR – High performance hybrid algorithms for wind-hydro-thermal power production coordination (2012-2013); BEST CASE – Smart Manufacturing and Logistics (2013-2014).
Testemunho relativo à sua experiência desde a sua saída do INESC TEC
Após a saída do INESC TEC, integrei como estudante de doutoramento o departamento de radioterapia do Netherlands Cancer Institute – Antoni van Leeuwenhoek, um hospital oncológico universitário que combina clínica e investigação num só centro localizado em Amesterdão. Tal como nos projetos nos quais colaborei no INESC TEC, o meu trabalho foca-se no desenvolvimento e aplicação de técnicas de investigação operacional para apoio à decisão, neste caso em contexto hospitalar. O projeto de doutoramento centra-se na gestão logística de tratamentos por radioterapia, a nível tático e operacional, com o objetivo de diminuir os tempos de espera dos pacientes pelo início do tratamento. O projeto é realizado em parceria com o Center for Healthcare Operations Improvement and Research, um grupo de investigação operacional na àrea da saúde baseado na Universidade de Twente, ao qual também pertenço.
Na sua opinião como é que a sua experiência no INESC TEC ajudou no novo papel?
A minha experiência no INESC TEC teve um papel vital na definição da minha carreira até ao momento. Sendo um instituto que privilegia o “saber fazer”, permitiu-me desenvolver várias competências na área de investigação operacional. O facto de ter desenvolvido algoritmos de optimização para resolver problemas de decisão em diversos contextos (energia, transporte, logística, ...) motivou-me a querer aprender mais sobre a área e expandir os horizontes de aplicação dessas mesmas técnicas. Além disso, o desafio constante e o espírito colaborativo inerentes às atividades de I&D que experienciei no INESC TEC levaram-me a procurar e a conduzir, até ao momento com sucesso, este projeto de doutoramento.
Na sua opinião, o INESC TEC mudou em quais aspetos desde a sua saída?
Pelo pouco que tenho conseguido acompanhar desde a Holanda penso que, talvez devido ao crescente aumento de captação de investimento e do número de colaboradores, tem tido a necessidade de reestruturação dos seus vários centros de investigação. Creio também que se tem focado mais em projetos orientados à indústria, desenvolvidos em colaboração com empresas parceiras e com aplicação prática do conhecimento gerado, o que me parece bastante positivo. Parece-me também que tem sido mais recorrente a visita de figuras importantes do espectro político e científico às suas instalações, o que contribui para um (ainda maior) reconhecimento como um laboratório de referência em Portugal. Tenho ainda a ideia que adaptou, e bem, a sua estratégia de comunicação às diversas plataformas que se têm popularizado na última década, e que permitem ao instituto um maior alcance das suas várias rúbricas e conquistas científicas.