INESC TEC contribui para o conhecimento do Atlântico
O Centro Internacional de Investigação dos Açores ("Atlantic International Research Centre" - AIR Center) arrancou no dia 20 de novembro, no Brasil, através da assinatura da Declaração de Florianópolis, que conta com o INESC TEC e do INESC P&D Brasil como signatários.
Promovida pelo Ministério da Ciência de Portugal, esta declaração resulta de um esforço internacional que juntou na assinatura do mesmo documento uma série de representantes de governos de Portugal, Espanha, Brasil, Angola, Cabo Verde, Nigéria, África do Sul, Uruguai, Argentina, tendo ainda a Índia como observador.
O Air Center terá como objetivos fundamentais a criação de emprego e o contributo para um futuro ambiental sustentável, nomeadamente através de um papel de monitorização das alterações climáticas e dos seus efeitos, como foco na zona do Atlântico.
O novo laboratório multinacional, que terá instalações no arquipélago dos Açores, mas que pretende aproveitar infraestruturas e meios humanos espalhados por vários pontos do planeta, propõe-se utilizar de satélites à robótica submarina para recolher e analisar informação na zona do Atlântico, dedicando-se a áreas como segurança, aquicultura e pescas, preservação da biodiversidade e até ordenamento urbano.
Além do INESC TEC e do INESC P&D Brasil, este projeto tem o apoio das seguintes instituições: UROcean, PLOCAN, Barcelona Super Computing Centre CEiiA, Universidade do Texas em Austin, Universidade de Cabo Verde, Instituto Marinho da Irlanda, SINTEF, WavEc, Associação RAEGE dos Açores, Instituto de Biodiversidade e Instituto Espanhol de Oceanografia. Entre as empresas tecnológicas associadas ao projeto contam-se Elecnor Deimos, Thales, EDP Inovação, Lusospace e Tekever.
O Air Center tem de momento já oito países fundadores, a saber Portugal, Brasil, Espanha, Angola, Cabo Verde, Nigéria, Uruguai, São Tomé e Príncipe, juntamente com o governo regional dos Açores, e como observadores estão o Reino Unido, África do Sul e a Índia. No futuro espera-se que mais países possam integrar esta estrutura.