Fora de Série
A Série dos fora de série
Num universo de mais de 700 colaboradores, são muitos os meses em que há mais de um colaborador com um desempenho “Fora de Série”. Prova disso mesmo é o facto de, em vários meses, recebermos mais do que um nomeado. Isto determina uma mudança de política editorial: partir do nº144, o BIP passará a destacar todos os nomeados em cada mês, sem opção de mérito (porque todos o têm muito!).
Adicionalmente, tendo por base critérios de oportunidade noticiosa, será desenvolvida uma entrevista a um dos nomeados.
ESTE MÊS FALAMOS COM... luís guimarães (CEGI)
1. Qual foi o seu primeiro pensamento quando soube que tinha sido nomeado “Fora de Série”?
Devo confessar que, num primeiro momento, fiquei surpreso. A surpresa vem pela imensa qualidade dos colegas desta instituição e, honestamente, não esperava ser distinguido no meio deles. Depois, num segundo momento, senti satisfação pelo reconhecimento do trabalho desenvolvido e de um período que, devo confessar, exigiu bastante de mim.
2. O Luís Guimarães foi um dos vários os investigadores do Centro de Engenharia e Gestão Industrial (CEGI) que passaram a desenvolver a sua atividade no edifício sede do INESC TEC. Que tal tem sido a integração com a restante comunidade INESCquiana?
Até agora, a integração tem sido excelente. Fomos muito bem recebidos no edifício sede e a integração tem permitido conhecer progressivamente mais investigadores de outras unidades, o que é bastante importante. Penso ainda que esta mudança foi fundamental, pois embora o CEGI já pertencesse ao INESC TEC anteriormente, o sentimento de pertença à instituição tem vindo a crescer no seio dos colaboradores do centro.
3. A sua nomeação para “Fora de Série” surge no âmbito de uma participação excecional em diversos projetos com a indústria. Os seus objetivos profissionais passam por uma experiência na indústria ou pela criação da sua própria empresa?
É curiosa a pergunta, pois sou um dos promotores (juntamente com o Bernardo Almada-Lobo e o Pedro Amorim, ambos do CEGI) de uma empresa que está a dar os primeiros passos e vai ser spin-off INESC TEC. A empresa surge da necessidade de manter e potenciar alguns sistemas de apoio à decisão e algumas das inúmeras solicitações da indústria para projetos de consultoria na área de business analytics, nem sempre conectados com investigação.
No entanto, no meu percurso sempre fui muito estimulado pela investigação, ainda que com aplicação em contexto real. Cada novo projeto de investigação em colaboração com um parceiro industrial coloca novos desafios a serem ultrapassados, mesmo que em áreas nas quais já se tenha trabalhado anteriormente. A procura de novas soluções e o prazer de ver a investigação a funcionar na prática são uma grande fonte de motivação para mim. Penso que teria dificuldade em desenvolver a minha atividade no futuro sem qualquer ligação à investigação.
4. Enquanto membro do Conselho de Coordenação do CEGI, de que forma considera que as competências deste centro e as do restante Laboratório Associado se podem complementar, no sentido de responder de forma mais eficaz às necessidades do tecido empresarial português?
Procurar respostas às necessidades do tecido empresarial português está no ADN do CEGI. O centro procura sempre aplicar o conceito de problem-driven research, ou seja, o desenvolvimento de soluções ajustadas às necessidades de cada empresa/instituição.
Porém, dada a complexidade de qualquer projeto industrial, a multidisciplinariedade é uma constante. Penso, por isso, que a diversidade de competências reunidas pelo INESC TEC é neste contexto uma grande mais-valia. O CEGI já desenvolveu alguns projetos em colaboração com outros centros do Laboratório Associado, como é exemplo o projeto WindRel realizado para a EDPR e que contou com a colaboração do Centro de Sistemas de Energia (CPES). No meu entender, o CEGI só tem a ganhar se continuar a apostar na complementaridade das suas competências, potenciando assim a sua área de atuação e, no limite, trazendo maiores benefícios às empresas com que colaborar.
5. Terminaremos este breve questionário pedindo que comente a sua nomeação, feita por Bernardo Almada-Lobo, coordenador do CEGI.
Gostaria de agradecer ao Bernardo Almada-Lobo a nomeação e também o facto de acreditar e apostar em mim para estas funções.
Depois, não poderia deixar de salientar o papel crucial de todos os investigadores do CEGI que estiveram envolvidos nestes projetos e sem os quais não teríamos conseguido os objetivos traçados. Aproveito para lhes agradecer todo o esforço despendido nestes dois meses.
Para além disso, devo realçar que o bom ambiente que se vive e a grande equipa do laboratório do qual faço parte é uma excelente ajuda para ultrapassar alguns momentos mais complicados. Esta nomeação enche-me de motivação para o futuro, mas também a encaro com bastante responsabilidade, esperando continuar a corresponder às expetativas.
FORA DE SÉRIE - EM JULHO/AGOSTO
- Diogo Varajão, CPES
Em agosto, o Serviço de Apoio ao Lincenciamento (SAL) depositou um pedido de patente “Power Conversion System”, protegendo um novo método que permite tornar os conversores de potência mais compactos e bidirecionais, com a possibilidade de controlar o fator potência. Este novo método poderá ter diversas aplicações comerciais, particularmente ao nível da mobilidade elétrica e armazenamento de energia, com impactos na gestão da rede.
Esta patente, originária do CPES, foi gerada no âmbito do doutoramento do Diogo Varajão, e os seus inventores são o Diogo, o Luís Miranda e o Prof. Rui Araújo. A equipa teve todos os cuidados antes de apresentar o trabalho numa conferência internacional de prestígio na área, protegendo os resultados antes da sua divulgação pública e garantindo assim a novidade que a patente exige.
Nomeação de Catarina Maia (responsável do SAL), que contou com o aval da coordenação do CPES
- Luís Guimarães, CEGI
Nos meses de julho e agosto, o Luís Guimarães esteve envolvido em cinco projetos do CEGI (três com a SonaeMC, um com a EDPR e outro com a Medlog). O seu papel de Delivery Manager foi fundamental para a conclusão bem-sucedida de vários destes projetos. A sua capacidade de trabalho aliada a uma inteligência invulgar têm permitido alavancar a intervenção do CEGI.